A Origem

A Origem

A Origem

A Origem (2010), Christopher Nolan.

Em geral, eu gosto do Christopher Nolan como cineasta. Nem sempre gosto, mas geralmente gosto (conflitante, eu sei). Na verdade, eu já gostei mais dele no passado do que gosto hoje em dia. Mas ainda respeito o trabalho dele, principalmente os filmes mais antigos (quando ele ainda não parecia tão excessivamente megalomaníaco em suas obras e aspirações cinematográficas).

A Origem é um desses casos que eu gosto e ainda gosto muito. É o meu filme preferido dele. Em geral, uma coisa legal dos filmes do Nolan é que são boas misturas de inventividade e entretenimento. Mas nenhum de seus filmes incorpora tanto essa mistura como A Origem.

É um filme muito bom e bem construído conceitual e visualmente, com personagens intrigantes, especialmente a disputa entre o Dom Cobb de Leonardo DiCaprio e sua sombra (Marion Cotillard) e a arquiteta onírica de Ellen Page, cortes bem realizados na edição, uma narrativa ágil e a trilha sonora vibrante de Hans Zimmer.

Nolan usa efeitos CGI com moderação e usa bastante efeitos práticos, como a sensacional cena de luta de Joseph Gordon-Levitt no corredor “giratório” de hotel, que foi filmada dentro de uma centrífuga decorada como um hotel com o ator lutando sem dublê preso por equipamentos após treinar muito para gravar a cena. É uma das cenas mais marcantes do filme e do cinema. Uma das minhas cenas favoritas de um filme. E ajuda bastante saber que foi feita com efeitos práticos ao invés de efeitos especiais criados por computador.

Um dos méritos do Christopher Nolan é que ele gosta de fazer cinema à moda antiga. E isso é uma coisa boa.

Há coisas que lembram bastante o anime Paprika, e isso me faz gostar um pouco mais, porque eu ADORO Paprika! O anime também é uma história sobre sonhos e eu tenho certeza de que o Nolan usou como fonte de inspiração (algumas cenas do filme são muito parecidas com cenas do anime).

Leia mais sobre o filme aqui.

A Origem é um dos meus filmes favoritos porque é um filme equilibrado. Sabe equilibrar bem efeitos práticos e efeitos CGI, ideias mirabolantes e cenas de ação, complexidade e diversão, fantasia urbana e mistério. Sempre vale a pena.