Os Sete Samurais (1954), Akira Kurosawa.
Um ronin cansado da guerra é contratado pelos aldeões de uma vila para protegê-la de um grupo de bandidos. Ele reúne outros seis guerreiros para a tarefa e começa a treinar os aldeões para uma grande batalha contra os bandidos, que voltarão após o período de colheita para saquear a vila.
Ouça o podcast sobre o filme aqui.
O filme já ganhou diversas versões recontadas com outras roupagens (sendo Sete Homens e um Destino provavelmente a mais lembrada), mas nenhuma dessas versões possui o espírito e a chama desse épico chambara de Akira Kurosawa.
Ele revolucionou a forma de filmar cenas de ação e a experiência é ainda melhor porque ao longo de três horas ele vai definindo e estabelecendo seus ronins (pois todos eles são samurais sem mestre) dentro do contexto maior que levará ao confronto final. A expectativa crescente é a grande força da história, que ainda explora as questões da época das guerras civis no Japão (a Sengoku Jidai).
Kambei, Kikuchiyo, Katsushiro, Shichiroji, Kyuzo, Gorobei e Heihachi são personagens únicos e memoráveis, muito bem desenvolvidos em um filme que é espetacularmente simples. Cada detalhe, cada estratégia planejada, cada samurai, é um pequeno prazer nessa obra que vai aos poucos encaixando suas peças para o grandioso clímax. Uma batalha emocionante e inesquecível.
Os Sete Samurais é facilmente um dos meus filmes favoritos da vida. Uma verdadeira obra-prima da história do cinema.
E dentre as adaptações, vale também assistir ao maravilhoso Samurai 7, um anime de 2004 que adapta o filme em um cenário de ficção científica apocalíptica. É a melhor adaptação da obra de Kurosawa. Recomendo fortemente.
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