Evil

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Evil

Evil (2019), Robert King e Michelle King.

Uma série fantástica! É bem pensada, com uma história intrincada e cheia de mistérios e personagens fascinantes. É uma série parcialmente policial, seguindo um estilo processual de um caso por episódio, meio CSI, mas nada a ver com CSI, na verdade lembra bastante Arquivo X, especialmente pela dinâmica dos personagens principais.

A melhor coisa é como a série aborda o sobrenatural. É absurdamente sutil, de modo que você fica o tempo todo na dúvida se o que está acontecendo é sobrenatural ou se tudo aquilo é fruto de uma pegadinha criada pela mente das pessoas ou fruto de assassinos em série e psicopatas manipulando as coisas para criar elementos sobrenaturais através da tecnologia, das redes sociais e de outras coisas mundanas.

Conta a história de uma psicóloga forense, Kristen Bouchard, que é extremamente cética, e um padre em treinamento, David Acosta. Os dois principais são muito bons, excelentes atores. Katja Herbers é poderosa e envolvente, e tem quatro filhas adoráveis que falam pelos cotovelos (e isso é divertido). Mike Colter é carismático, como já mostrou muito bem em Luke Cage. A relação (e o leve flerte) entre eles é uma das melhores coisas da série. Há ainda Ben (o Magnífico!) que é outro cético do grupo e um mestre de tecnologia que ajuda a desmascarar várias tramas nos casos que investigam. E o terrível vilão, Leland Townsend, interpretado pelo Michael Emerson, ator de Person of Interest e Lost especializado em vilões bizarros e que, aqui, tá mais bizarro do que nunca. Townsend é um vilão para você odiar (tanto quanto a Kristen odeia). Aliás, o momento em que Kristen descobre quem Townsend é de verdade, cara, que cena libertadora! Ela é maravilhosa!

E deixo aqui um destaque especial para George. Que personagem sensacional! E sinistro! Mas muito sensacional!

Ouça o podcast sobre a série aqui.

Evil sabe equilibrar muito bem suspense, drama e humor, e tem mensagens poderosas sobre a disseminação do mal no mundo cotidiano (especialmente através da tecnologia), sobre ciência vs. religião vs. psicologia, e principalmente sobre o racismo e como as questões raciais afetam a sociedade e os temas desenvolvidos pela história. É uma série poderosa, que vale muito a pena.