Sword Art Online

Sword Art Online (2009), Reki Kawahara -anime (2012).

Um anime divertido e cheio de ação baseado na velha ideia do MMORPG onde os jogadores ficam presos em um universo de realidade virtual, obrigados a desbravar e zerar o jogo se quiserem sair vivos. É tipo um sucessor espiritual do .hack//SIGN, um clássico do estilo. Só que Sword Art Online é mais ágil e menos profundo em seus questionamentos (o que não é ruim).

SAO foca mais na ação e em questões rápidas sobre o que é ou não realidade e como a existência no meio virtual afeta as pessoas no mundo real.

Eu gosto muito da forma como o anime desenvolve suas ideias e seus personagens, com direito até a algumas inspirações shakespearianas (especialmente A Tempestade e Sonho de uma Noite de Verão). As músicas também são animadas, com destaque para as duas aberturas nas vozes da LiSA e da Eir Aoi. E é bem colorido, o que me agrada bastante.

A única coisa que me incomodou de verdade é a forma como o segundo arco da primeira temporada transforma a Asuna em uma simples “donzela em perigo” que precisa ser salva pelo “príncipe heroico” Kirito depois de toda a excelente construção de personagens poderosos (para ambos) no primeiro arco. Os dois protagonistas começam tão envolventes e fortes no primeiro arco, e acabam estereotipados e excessivamente superficiais no segundo arco (quebra um pouco o charme).

Ainda assim, SAO funciona muito bem na maior parte do tempo e é um anime bastante divertido de personagens carismáticos. Kirito e Asuna são sempre adoráveis juntos. E se entendem bem na ação, o que torna tudo mais empolgante e agradável. Melhor casal. Pra gente torcer por eles o anime inteiro. Só por isso Sword Art Online já vale a pena.