Príncipe da Pérsia (2010), Mike Newell.
Um bom filme baseado em um jogo de videogame. O game foi lançado em 2003 para Playstation 2, inspirado na versão antiga criada por Jordan Mechner em 1989. O próprio Jordan, inclusive, colaborou com o roteiro do filme. Além disso, estão lá todas as marcas características da bem-sucedida parceria entre a Disney Pictures e o produtor Jerry Bruckheimer, que já rendeu frutos com Piratas do Caribe.
Príncipe da Pérsia cumpre bem o seu papel como uma boa produção baseada num game. É empolgante do começo ao fim. Divertido pra caramba.
Logo de cara, na invasão da cidade de Alamut, o clima do jogo se faz presente nas ações estratégicas do protagonista e em suas peripécias de parkour pelos muros e paredes da cidade. A cena em que Dastan derruba o caldeirão e ateia fogo para impedir o deslocamento dos soldados é ótima e digna das táticas empregadas nos videogames. Os efeitos especiais são maneiros, com uma fotografia belíssima, que lembra bastante o visual dos jogos.
Jake Gyllenhaal manda muito bem na ação e no parkour e é um herói inspirador. E gostei da Gemma Arterton com sua nobreza feroz. Apesar das picuinhas iniciais, o desenvolvimento da relação de Dastan e Tamina é agradável e eles formam um casal bonito.
A história segue o príncipe Dastan, que é acusado pelo assassinato de seu pai e precisa enfrentar seus irmãos e seu tio Nizam enquanto tenta provar sua inocência. Ele junta forças com a Princesa Tamina para proteger a adaga capaz de liberar as Areias do Tempo, um artefato sagrado que permite ao seu usuário controlar o fluxo temporal. No caminho, eles ainda conhecem o excêntrico Sheik Amar e Seso, seu atirador de facas que nunca erra o alvo — “já te falei sobre os Ngbaka?” — Alfred Molina e Steve Toussaint são engraçados juntos. A dupla é sensacional.
Príncipe da Pérsia é um filme cheio de ação e aventura, despretensioso e divertido. Uma das melhores adaptações de videogame para o cinema. Eu adorei!
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