Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses

Dragon Ball Z A Batalha dos Deuses

Dragon Ball Z A Batalha dos Deuses

Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses (2013), Akira Toriyama.

Faz tempo desde que tivemos um filme de Dragon Ball Z nos cinemas do Brasil. A última vez foi com a exibição de Dragon Ball Z: A Árvore do Poder, que não é o melhor dentre os treze — agora, quatorze — filmes baseados na série. Quatorze porque agora, depois de um hiato de 17 anos, surge Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses.

O décimo quarto filme da franquia DBZ já estreou como um sucesso estrondoso e causou um hype considerável. Quando A Árvore do Poder estreou não teve tanto hype assim, mas a empolgação dos fãs com o lançamento de A Batalha dos Deuses no cinema é comparável a empolgação dos fãs quando Cavaleiros do Zodíaco: A Batalha de Abel passou no cinema nos anos 90 — fazia tempo que eu não via um hype assim por um anime nas telonas, e fiquei feliz por isso. É um filme mega divertido como só Dragon Ball sabe ser.

A Batalha dos Deuses é uma grande brincadeira que carrega todo o espírito da série clássica. Tem o humor pastelão engraçado, as lutas absurdamente exageradas, os superpoderes alucinantes e os Guerreiros Z chutando bundas.

O filme é continuação de Dragon Ball Z, e se passa basicamente depois da luta contra Majin Boo, antes do epílogo do anime e da aparição de Oob — reencarnação de Majin Boo. O projeto tem supervisão do próprio criador da série: Akira Toriyama, direção de Masahiro Hosoda (Cavaleiros do Zodíaco, Dragon Ball Z, Hokuto no Ken), e roteiro de Yusuke Watanabe (Gantz e 20th Century Boys). Aqui no Brasil, o filme ainda tem os dubladores brasileiros da série original de volta aos seus icônicos personagens. E é sempre legal ouvir Wendel Bezerra dizendo: Oi, eu sou Goku!

Na história, anos depois da luta contra Majin Boo, o mundo está relativamente pacífico. Para Goku, se tornou até um pouco entediante. Ele quer desafiar grandes adversários para grandes lutas. Uma nova ameaça surge quando Bills, o deus da destruição, desperta depois de décadas de sono profundo e vem para a Terra em busca do famoso Saiyajin que foi capaz de derrotar Freeza e Majin Boo. Depois de tanto tempo sem enfrentar uma batalha realmente desafiadora, Goku parte para luta contra Bills, mas é facilmente derrotado. Agora, Goku e seus companheiros terão que ser reunir mais uma vez para lutar contra o poder destrutivo de Bills que ameaça a Terra.

Boa parte do filme se passa na Capsule Corp, durante a festa de aniversário de Bulma — que continua uma das personagens mais sensacionais do anime. A festa muda quando Bills aparece à procura do Super Saiyajin Deus (Super Saiyajin God), um tipo diferente de Super Saiyajin que o deus da destruição viu em seus sonhos. O problema é que ninguém sabe o que é esse Super Saiyajin Deus, e Bills tem o péssimo hábito de destruir mundos quando fica irritado.

O filme é simples, e como é comum em todos os filmes de DBZ, foca mais no humor e na ação do que em desenvolver tramas ou personagens. A intenção é contar uma história rápida e despretensiosa, que tem como objetivo apenas trazer os fãs de volta àquele universo durante uma hora e meia. Bills acorda, vai a uma festa, come algumas guloseimas, e se envolve numa grande batalha final. Simples. Direto. Divertido. E pra que mais?

Apesar de ser continuação de Dragon Ball Z, é legal ver que o filme não ignora Dragon Ball GT, e revela como foi o início da vida de uma personagem importante na fase: a Pan. Vale também um destaque para o outro dos personagens mais sensacionais do anime, Vegeta (casado com a Bulma sempre sensacional, o que é um sempre bem-vindo festival de sensacionaleza). Vegeta tentando acalmar a raiva de Bills é mega engraçado. E as batalhas dele são espetaculares. Gosto muito do Vegeta. E gosto mais ainda do Vegeta e da Bulma juntos. Adoro esse casal.

Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses é cheio de ação, humor, batalhas incríveis, uma nova transformação Super Saiyajin e uma trilha sonora empolgante da banda Flow, com as músicas HERO ~Kibou no Uta~ e a nova versão de Cha-La Head-Cha-La (clássica abertura original de Hironobu Kageyama). As músicas contribuem bastante com a ação e o espírito de revival do anime. É um filme com muito coração e poder de luta.