Pequena Miss Sunshine

Pequena Miss Sunshine

Pequena Miss Sunshine

Pequena Miss Sunshine (2006), Jonathan Dayton e Valerie Faris.

Esse é um filme que não perde a majestade. Vai ser pra sempre um dos meus favoritos. E continua bastante atual (afinal, vivemos uma época de muito coach, autoajuda e um culto à beleza ainda mais exagerado do que já era na época que ele estreou). Pequena Miss Sunshine é um filme sobre muitas coisas e é fascinante por isso.

Fala sobre esse mundo cruel que exige muito desempenho e sucesso de todos o tempo todo, onde tudo gira em torno de programas e fórmulas, onde a vida é constantemente categorizada e avaliada, e onde aqueles que não se encaixam são sumariamente excluídos e, muitas vezes, humilhados. É um filme que apresenta pessoas feridas e desajustadas tentando superar suas próprias dificuldades e perdas para se manterem fiéis a si mesmos, aos seus ideais e à sua família.

E olha que Pequena Miss Sunshine é anterior ao boom das redes sociais como as conhecemos hoje em dia. Por isso digo que ainda é tão atual.

É um filme divertido e bonitinho. Mesmo abordando temas difíceis e profundos, é bastante agradável, principalmente por causa de sua pequena protagonista. Impossível não se apaixonar pela Olive e pela cena final com ela dançando a coreografia ensinada pelo avô ao som “Super Freak”. É uma cena maravilhosa e libertadora. Sempre dá vontade de subir no palco e dançar junto com ela. Eu sou apaixonado por esse filme!

Pequena Miss Sunshine é sobre alcançar um equilíbrio entre as demandas e dificuldades de um mundo que pode sim ser cruel, mas que também pode nos proporcionar momentos incríveis, viagens em família esclarecedoras e apresentações de dança libertadoras. No fim, mesmo que você só arranque aplausos e gritos de dois ou três na plateia, o que importa é aproveitar a viagem e se divertir. Você pode aprender uma coisa ou duas pelo caminho. E alguém sempre estará lá por você, para te apoiar, rir, dançar, curtir e aplaudir.