No Limite do Amanhã (2014), Doug Liman.
Um filme de ação espetacular! Em diversos aspectos. Como adaptação da light novel de Hiroshi Sakurazaka, All You Need Is Kill, é impressionante e admirável. Como história de guerra, emula filmes antigos como Platoon e O Resgate do Soldado Ryan, criando uma atmosfera brutal de violência e insegurança nas trincheiras inimigas. Como filme de ficção científica e mecha, já que os militares usam exoesqueletos robóticos para enfrentar os aliens, possui efeitos visuais bem executados e bem amarrados à proposta, repleto de cenas de ação emocionantes. As bestas alienígenas, com seus tentáculos transmutáveis e suas cartilagens fluorescentes, são grotescas e medonhas como se saídas de um pesadelo lovecraftiano. Graças ao protagonista covarde, que cresce pouco a pouco em seu heroísmo relutante, somos inseridos nesse medo do desconhecido. Passamos da antipatia à simpatia. Somos estimulados pela adrenalina constante da sobrevivência, da morte, da evolução e do reboot. Viver. Morrer. Repetir. Quando chegamos ao limite, estamos presos em um loop, torcendo de novo e de novo para que esse herói improvável encontre seu amanhã.
Leia mais sobre o filme aqui. E ouça o podcast aqui.
No Limite do Amanhã cria uma adaptação muito boa do material de origem, por saber usar os trunfos de sua premissa, e por saber usar os trunfos de seu elenco. É um dos meus favoritos. Vale muito a pena!
Redes Sociais