O Gabinete do Dr. Caligari (1920), Robert Wiene.
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Em um pequeno vilarejo, o misterioso Dr. Caligari chega acompanhado do sonâmbulo Cesare, que supostamente estaria adormecido há 23 anos. À noite, contudo, Cesare perambula pela cidade, concretizando as previsões macabras que seu mestre faz para os moradores do vilarejo.
O Gabinete do Dr. Caligari é um grande marco do expressionismo alemão, com suas atuações pouco naturais, a estética enfatizando o macabro e o grotesco, os cenários estranhos, os desconcertantes flashbacks dentro de flashbacks que empilham os segredos da história até a grande reviravolta no final (e que até hoje é uma das reviravoltas mais fantásticas da história do cinema). É um clássico do horror, com uma beleza assustadora.
Eu sou apaixonado pelo expressionismo alemão. E um dos grandes responsáveis por isso é O Gabinete do Dr. Caligari, um dos primeiros do gênero que eu assisti (depois de Metrópolis).
No expressionismo alemão, tudo é feito e pensado para despertar efeitos dramáticos extremos e uma bizarra sensação de absurdo.
No filme, o estado interior dos personagens é representado através de bloqueios e cenografia. Os cenários e ângulos de câmera refletem o estresse envolvido na loucura e no horror. E o melhor tipo de horror é aquele que usa a atmosfera para passar suas sensações e emoções angustiantes. Por isso eu adoro o expressionismo alemão. E por isso eu adoro O Gabinete do Dr. Caligari. É um dos meus filmes favoritos.
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