Scott Pilgrim Contra o Mundo (2010), Edgar Wright.
Uma experiência pop sensacional! Baseado nos quadrinhos de Bryan Lee O’Malley, Scott Pilgrim é um garoto de 22 anos, preguiçoso, sem-noção e carente que leva uma vida medíocre em Toronto, no Canadá, onde é baixista da banda de garagem Sex Bob-OMB. O problema é que, no passado, Scott levou um pé na bunda de uma antiga namorada e nunca conseguiu superá-la e por isso se tornou uma pessoa que pula de um relacionamento para o outro sem se preocupar com os sentimentos das meninas magoadas no processo. Sua vida é levada como um jogo de videogame, cujas fases precisam ser superadas a fim de conquistar o objetivo final, que surge na forma de uma garota, Ramona Flowers. E como num bom videogame, para conquistar a mocinha, o herói precisa derrotar os “chefes de fase”, representados pelos sete “Ex-Namorados do Mal” da Ramona, que formaram um liga para acabar com o mais novo pretendente.
O filme é louco assim. Divertido horrores. E todo o meu amor vai para a Mary Elizabeth Winstead, espetacular. A história é toda trabalhada na estética de videogame e mangá, cheia de referências à cultura pop, desde brincadeiras com a Nintendo e o Super Mario Bros. até piadas com Seinfeld. A cena do Ex-Namorado do Mal Vegan é sensacional — “Todd is Vegan” (Darth is Vader?! hahaha) — e os policiais vegans também são mega engraçados. O próprio nome Scott Pilgrim foi inspirado numa música da banda de indie rock Plumtree.
Toda a loucura cultural e visual funciona muito bem para contar uma história sobre as dificuldades dos relacionamentos. E isso é feito de forma leve e divertida, com muitos superpoderes, batalhas épicas, hit combos e Fatalities. Com direito a um vilão que se transforma em moedinhas e pontos de XP quando é derrotado. Muito bom!
Edgar Wright é um cara sagaz e bem-humorado. Adoro os filmes dele, especialmente Todo Mundo Quase Morto. Scott Pilgrim tem todo o estilo e espírito do diretor. E no fim, é uma bela história de amor. Com muita ação, criatividade e humor, quase uma comédia romântica, mas ainda assim, uma bela história de amor. Edgar Wright mandou bem. Moedinhas pra ele.
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