O Grande Hotel Budapeste

O Grande Hotel Budapeste

O Grande Hotel Budapeste

O Grande Hotel Budapeste (2014), Wes Anderson.

O filme se passa no início do século XX, no país fictício de Zubrowka (em homenagem a uma vodka polonesa), e gira em torno dos acontecimentos no hotel do título, onde vivem Monsieur Gustave H, um porteiro lendário do famoso hotel europeu, e Zero Moustafa, o menino que se torna lobby boy e seu amigo mais confiável. Gustave era um homem de muitos amores, sempre envolvido com mulheres de alta classe que se hospedavam no hotel — elas tinham que ser ricas, idosas, inseguras, vaidosas, superficiais, louras e carentes... Por que louras? Porque todas eram. — Madame D, uma senhora de 84 anos de idade com quem Gustave tinha uma relação morre e deixa para ele de herança uma pintura de valor inestimável (Boy With Apple, uma obra criada exclusivamente para o filme, que não existe na vida real, mas é tratada como uma relíquia renascentista). A trama envolve o roubo e a recuperação da pintura, tendo como pano de fundo um lugar sofrendo uma profunda e repentina mudança durante o período entre guerras. Gustave e Zero acabam se envolvendo em vários problemas com a lei, em um caos de prisões, fugas, sequências de ação e perseguidos por um assassino macabro (Willem Dafoe sensacionalmente bizarro!) que tenta encobrir pistas dos crimes cometidos pela mesquinha família da Madame D. Como eu adoro esse filme!

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Os filmes de Wes Anderson normalmente são obras de grande beleza estética, criativos e coloridos, na forma de dioramas detalhados, com imagens maravilhosamente desenhadas à mão, como um teatro no cinema. É um dos meus diretores preferidos. Sempre gosto muito do trabalho dele. Mas O Grande Hotel Budapeste tem um lugar especial no meu coração. Já vi e revi dezenas de vezes e ainda me faz sorrir. É um misto maravilhoso de coisas e sentimentos: uma história de assassinato e detetive com pistas e investigação à moda antiga, e também um filme de ação cheio de humor e energia. E tudo funciona adoravelmente. É um filme impecável e, de fato, como o próprio narrador diz em dado momento: “uma velha ruína encantadora”.