Assassinos da Lua das Flores (2023), Martin Scorsese.
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Um filme bastante esperado do Scorsese, um dos grandes diretores do cinema e que, com essa obra, mostra que ainda é um diretor fantástico no auge do seu trabalho, um grande nome marcado na indústria cinematográfica, que ainda tem muito a apresentar e ainda tem muito a oferecer com um estilo de cinema que eu só posso definir como fenomenal. Porque este é um grande filme. Aliás, grande filme é uma boa definição porque é um filme que tem três horas e meia de duração, mas são três horas e meia que você nem sente de tão bom.
A história se passa na década de 20 e apresenta uma narrativa inspirada em um caso real, baseado no livro de mesmo nome de David Grann, que na verdade era mais focado na investigação do FBI em seus primeiros dias sobre os assassinatos envolvendo a Nação Osage, uma nação indígena que foi retirada de suas terras e acabou sem querer indo para outras terras onde descobriram petróleo e se tornaram extremamente ricos.
O filme, ao contrário do livro, não foca tanto na narrativa de investigação do FBI, mas na relação entre os protagonistas interpretados por Leonardo DiCaprio e Lily Gladstone. Porque justamente essa questão do petróleo encontrado pelos nativos americanos da tribo Osage acaba despertando muita cobiça, muita ambição, e isso culmina numa série de assassinatos que traz justamente os investigadores do FBI para a história. A Lily Gladstone com o Leonardo DiCaprio são as forças motrizes da história, justamente pelo foco ser trabalhado em cima deles, ao contar esse relacionamento entre os dois de maneira tão ambígua e cheia de contradições.
O filme aborda vários temas que o Scorsese sempre abordou em seus filmes e que eu recomendo fortemente de ser assistido. Apesar de ser longo, vale muito a pena. Assassinos da Lua das Flores é um filme fantástico do Martin Scorsese, com atores fantásticos interpretando uma história que é realmente maravilhosa de se assistir e extremamente importante de se conhecer.
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