Vingadores: Guerra Infinita

Vingadores: Guerra Infinita

Vingadores: Guerra Infinita

Vingadores: Guerra Infinita (2018), Anthony Russo e Joe Russo.

O filme do ano! Não há o que se questionar sobre isso. É um filme muito bem-feito, empolgante, emocionante, tem cenas de ação pra você ficar alucinado ~Thor chegando em Wakanda é ovação! Mas também é o começo de um fechamento de um ciclo (isso é estranho, eu sei). A Guerra Infinita vem pra completar um ciclo de 10 anos de filmes da Marvel, que começou lá em 2008 com o filme do Homem de Ferro, veio apresentando personagem a personagem, cada um no seu filme, cada um no seu momento, com seus próprios arcos de história e desenvolvimentos emocionais, reunindo todos com Vingadores e Vingadores: Era de Ultron.

A Marvel conseguiu um feito e tanto, porque ao longo dessa década criou laços e vínculos com seus personagens antes de colocá-los todos os juntos. E agora, sempre que eles se reúnem, já estamos rendidos a eles e nos importamos demais com seus destinos. Criar esse tipo de empatia com o público exige tempo, trabalho e dedicação, e é para poucos.

Agora, com Guerra Infinita, finalmente os heróis estão todos juntos para enfrentar a grande ameaça dessa saga criada no cinema: Thanos e sua Manopla do Infinito. Por tudo o que foi construído e pelo que se apresenta agora com a urgência de reunir os super-heróis contra um vilão extremamente poderoso e quase invencível, este também é o filme mais sombrio e melancólico da Marvel até agora. As motivações de Thanos e a forma com os heróis precisam lidar com elas desencadeiam essas sombras por todo o enredo, por todo o arco emocional dos personagens envolvidos na batalha. Esse peso é bem equilibrado com breves doses de humor e muita ação. Guerra Infinita também é o filme mais empolgante e mais impactante da Marvel. A jornada é vibrante, apesar de pesada. E a forma como tudo termina, é arrasadora. Quem já leu a saga de Jim Starlin nos quadrinhos ~Desafio Infinito, Guerra Infinita e Cruzada Infinita, já poderia esperar por um desfecho como esse. Mas mesmo quem tinha a mínima noção do que poderia acontecer, é devastado quando acontece. Porque o filme sabe como trabalhar o impacto emocional de seus acontecimentos e personagens, como a Marvel sempre soube ao longo de todo o seu universo compartilhado. Peter Parker, cara, é de chorar rios!

A grande sacada é que o filme deixa um gosto no paladar que não será esquecido tão cedo. Uma estalada de dedos que entra para a história. Abre um espaço para muito se falar sobre Vingadores nos próximos anos, especialmente até ano que vem, quando veremos Vingadores 4, o GRANDE E VERDADEIRO clímax da Marvel no cinema. E mesmo depois de Vingadores 4, é um fato que Vingadores: Guerra Infinita ainda será lembrado e falado por muito tempo nas rodas de conversa sobre cinema. O filme cria um marco para os super-heróis e para a cultura pop. Doctor Who chamaria isso de ponto fixo no tempo (talvez na Joia do Tempo?). E é exatamente o que é! A espera pelo que virá a seguir será ansiosa. Mas o que teremos em nossas vidas depois que os Vingadores encerrarem seu ciclo será memorável. O que quer venha depois de Vingadores 4 não mudará uma verdade inquestionável sobre a Marvel e sobre o que ela construiu no cinema com seu universo compartilhado: estes 10 anos de filmes jamais serão esquecidos.