Bleach

Bleach

Bleach

Bleach (2001), Tite Kubo -anime (2004).

Bleach é facilmente um dos meus animes shonen favoritos. Ele tem seus problemas (geralmente comuns a todo anime shonen), mas ele também tem muitas coisas boas. História simples e divertida, recheada de bom humor, reviravoltas intrigantes, desenho estiloso, uma grande variedade de personagens cativantes e um bom crescimento de suas ideias e de seus personagens ao longo de todo o processo. Tudo com uma boa trilha sonora, desde as músicas incidentais até as sensacionais músicas de abertura e encerramento (D-tecnoLife é uma das músicas mais empolgantes já feitas!)

Ouça o podcast sobre o anime aqui.

O início e o arco da Soul Society são disparados os melhores. O arco do Hueco Mundo é meio perdido porque é muito longo e se entende demais além do necessário, mas ainda há coisas muito boas ali, e culmina na batalha final contra o grande vilão Aizen na cidade de Karakura. E a batalha final de Ichigo contra Aizen é FODA! O Mugetsu ainda é um dos golpes mais legais já usados para derrotar um vilãozão de anime.

O anime/mangá, inclusive, poderia ter sido pensado para acabar na batalha contra o Aizen, mas animes muito bem-sucedidos sempre são prolongados além do necessário. Sempre funcionou assim no mercado de anime, e na época dos anos 2000/2010, isso era ainda mais lugar comum (basta ver como muitos animes daquela época se estendiam ao longo de centenas de episódios e eram abarrotados de fillers).

Durante os anos 2000 (desde quando estreou) até meados dos anos 2010 (encerrou em 2016), Bleach foi um dos três grandes da época junto com One Piece e Naruto, e ao ficar durante mais de uma década nessa posição, dá pra entender por que o Tite Kubo prolongou tanto a história e todas as exigências que existiam sobre ele como mangaka.

O arco da Xcution que veio depois do Aizen, para o Ichigo recuperar os poderes com ajuda dos Fullbringers, é fraquinho (e na maior parte do tempo, soa mais como uma cópia do maravilhoso arco do Sensui no Yu Yu Hakusho). E depois disso, veio a Guerra Sangrenta dos Mil Anos, colocando os Shinigamis contra os Quincies, que é um arco com boas ideias, mas é tão mal executado e feito tão às pressas que estraga todo o potencial. Por causa disso, Bleach terminou com um gosto amargo, com um desfecho apressado, sem graça e com soluções preguiçosas ~o que é aquele “deus ex machina” que tiram do nada para derrotar o Yhwach?

Ainda assim, Bleach é um anime que mora no meu coração e pelo qual eu tenho todo um carinho. Se quiser, leia mais sobre a minha paixão pelo anime aqui ou aqui, ou aqui sobre um dos meus personagens favoritos, Ichimaru Gin.

Uma coisa importante é que o arco da Guerra Sangrenta dos Mil Anos vai finalmente ganhar uma versão em anime, que deve chegar em 2022, e minha esperança, de verdade, é que algumas melhorias sejam feitas na história e a batalha dos Shinigamis vs Quincies seja melhor aproveitada e desenvolvida no novo anime ~adaptações podem ser feitas, não custa sonhar um pouco.

Enquanto isso, Kubo também lançou o spin-off Burn the Witch, com bruxas ocidentais de uma Londres Reversa. É divertido e uma boa distração para um final de semana.

E há também o filme live-action de 2018 que ficou bem-feitinho.

Saber que Bleach continua vivo me deixa feliz.